delírios de momento

05 agosto 2010

Fragilidade da vida

A gente não se dá conta, mas a vida é muito, MUITO frágil. De um instante pro outro, um pequeno acontecimento pode desencadear muitas coisas. Isso tanto pro lado bom (pode acontecer algo que desencadeie um processo extremamente positivo), mas também pro lado ruim (e aqui o impacto é maior, porque um pequeno instante é capaz de tirar uma vida). E pensar nisso, me faz ter certeza de que a gente deve mesmo aproveitar muito o momento do hoje, a vida do agora, não deixar as oportunidades passarem e fazer de tudo pra ser feliz já - não esperar o amanhã. 
ok, baita chavão de livro de autoajuda. Mas é um dos itens de que vale muito ser levado em consideração. 

E acho que isso sempre foi um pensamento meu de vida, mas recentemente e num curto intervalo de tempo, aconteceram duas situações que me deixaram impressionada com essa fragilidade que a vida realmente pode ter, de que ela pode acabar num segundo!

O primeiro episódio foi no Natal do ano passado. Dia 25 de dezembro. De almoço, apesar de ter outros pratos, eu preferi repetir o peru da noite anterior, porque estava uma delícia incrível - feito pelo meu irmão, Vancarlo. Pois o peru do Vancarlo (e, sim, esse termo virou piada naquele Natal) quase me matou! Pior: o que quase me matou foi uma piada meio sem graça e que eu inclusive já conhecia, contada pelo sogro do meu irmão. Ou ainda pior: o que quase me matou, na verdade, foi minha risada.
A história foi assim: eu estava deliciando o peru, enquanto ouvia histórias engraçadas na mesa. O Ori (sogro do meu irmão) contava histórias de quando ele foi pra Austrália no casamento da filha. A família do noivo, todos australianos, recebia ele e a esposa muito bem. Mas, infelizmente, o Ori e sua esposa não sabiam falar perfeitamente inglês para expressar tudo que queriam. E daí vinham histórias divertidíssimas sobre as confusões com as palavras trocadas em inglês (como dizer "you have a awful family", quando na verdade queria dizer "wonderful"). E uma das histórias que ele contou naquele momento no Natal foi a de ele tirando uma foto de toda família e, apontando pra câmera, pedir a todos "look at the bird, look at the bird"!!!! pois foi nesse momento que eu comecei a rir e o pedaço do peru entrou pelo lugar errado e não subiu, nem desceu na minha garganta. Foi o local exato do engasgar e aí não consegui respirar. Fiquei uns segundos brigando comigo mesma, tentando colocar a coisa pra baixo ou pra fora e respirar ao mesmo tempo. Todos riam ao meu redor, ainda falando das piadas. Quando eu vi que a coisa tinha realmente prendido na minha goela, me levantei da cadeira e fui em direção ao Felipe, meu namorado salvador, já posicionada de costas pra ele e apontando para o meu peito! Todos continuavam rindo. Mas, felizmente, o meu gato entendeu perfeitamente a situação e logo me abraçou por trás (sem baixaria) e fez a famosa "manobra de Heimlich" - que ele já sabia fazer muito bem! (links abaixo para aprender a fazer. Isso REALMENTE salva vidas, pessoal!!) E na hora que ele fez, eu cuspi o pedaço matador de peru.E em seguida comecei a chorar - no que todos ficaram achando que eu estava rindo! Mas não, eu não achei graça, e chorei de nervoso, do pavor da situação e acho que por ter sentido a fragilidade da vida naquele instante.
Passado o caso e as milhares de piadas contadas até hoje, poucos meses depois acontece o segundo episódio:

Estava eu em casa, na frente do fogão, preparando um jantar. Água fervendo na panela, coloquei a massa pra cozinhar e abri o armário que fica bem acima do fogão para pegar algum outro ingrediente pra preparar um molho. No instante que eu abri o armário, caiu dele um pacote de alguma coisa, que nem lembro o que era, bem direto dentro da panela que estava com água fervendo. E isso fez a água espirrar e pular pra cima de mim. Caiu no meu rosto em todo o lado direito, no meu peito inteiro e no meu braço direito. Gritei na hora de susto! o Felipe veio correndo e viu o que tinha acontecido. Me puxou rápido pra ir pra baixo do chuveiro com água fria - menos mal que era verão! ;) Fui tirando a roupa e fiquei embaixo da água fria, mas fui me dando conta de que não tinha sido horrível e me acalmei. Enquanto isso, o Felipe ligava pro primo dele, médico, pra pegar mais indicações do que fazer neste caso, pra evitar queimaduras graves. Ele perguntou se já tinha feito bolhas, indicou exatamente a água fria (que o felipe já tinha conhecimento), pediu pra ficar colocando gelo depois por um tempo pra não deixar levantar bolhas, e tomar antiinflamatório. Se achasse necessário, também daria pra passar pomada de queimaduras. 
E aí deu pra parar pra pensar: pra minha sorte, eu tinha RECÉM colocado a massa, que estava no freezer antes e portanto estava bem gelada, pra dentro da água fervendo. E isso com certeza baixou bastante a temperatura da água e na hora que ela espirrou não estava mais tão quente. Mas por um instante eu pensei que pudesse ficar com o rosto deformado. Já pensou?? 
O piorzinho lugar com queimadura acabou sendo no braço, que ficou marcado e ardeu por mais tempo. Mas no rosto e no peito, nenhum mínimo resquício. Graças aos meus anjinhos que ficam sempre de olho em mim e me fizeram colocar a massa na água antes de abrir o armário. (ou não, talvez, puro acaso!) Mas foi outro momento pra gente ver a fragilidade da vida. Imagina só, que por uma BOBAGEM dessas, de não ter guardado direito as coisas no armário, eu podia ficar com a pele toda queimada??
Depois disso, o Felipe já bolou umas 10 maneiras de segurar as coisas no armário, mas desde então eu arrumo aquilo tão bem e com espaço de sobra, de forma que nada possa cair pra dentro das panelas. :)


Pra terminar, por favor, aprendam a socorrer vítimas de engasgo. Ou no mínimo lembrem de ligar na hora para os bombeiros se vocês verem alguém se engasgando. Eles explicam bem como agir. 
Abaixo tem link de 2 vídeos com demonstração da manobra de Heimlich:

E lembrem também: em caso de queimadura, imediatamente colocar água fria corrente e gelo, depois dá pra passar pomada contra queimaduras e deve-se tomar antiinflamatório. 

;)

Dica número 3: aproveitem a vida, não deixem sempre pra depois pra fazer tudo que desejam e sejam sempre gentis com as pessoas.

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03 agosto 2010

trilha sonora da vida cotidiana

Tem dias que tô andando de carro e a música que eu tô ouvindo parece ser trilha sonora de algo que tá acontecendo ao meu redor. às vezes até uso isso como recurso pra tentar desestressar quando a cabeça não pára... ouvir uma música que eu gosto e observar o que está acontecendo perto de mim. e ver que ela combina com o balanço de uma árvore, com os ritmos do passo de alguém atravessando a rua, com um casal apaixonado se beijando ou um pai com uma criança sorrindo... é um bom exercício de ver mais beleza na vida cotidiana, naquilo que a gente passa e quase nunca olha. A música fica mais poética e às vezes faz até mais sentido.
Nem sempre o exercício funciona, afinal, precisa ser a música certa na hora certa - o momento em que a música encaixa em algo que está acontecendo. Mas é muito divertido quando rola! 

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01 agosto 2010

desculpa esfarrapada

Me dei conta como tem vezes que eu faço questão de ver filmes dramáticos e emotivos só pra poder chorar com a desculpa de que foi por causa do filme... mas, na verdade, eu tava guardando um choro, precisando chorar por outros motivos, e aproveito o filme pra colocar pra fora. 
Será que tô enganando os outros ou eu mesma? (ou isso não engana ninguém?? :P)

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23 julho 2010

a comida agrega

Claro que por eu ser de família e descendência italiana o assunto comida é uma constante na minha vida. :) De nascimento e criação, eu já aprendi a viver e conviver em torno da mesa. Em decidir coisas em torno da mesa. Em falar besteira. Em discutir (gesticulando muito!). Em colocar o papo em dia. Em rever toda família em torno da mesa.
E isso acabou se tornando parte de mim e do meu jeito de ser.
Inclusive, na minha família, principalmente entre meu irmão e minha mãe, que cozinham MUITO bem, às vezes eu me sinto quase diminuída por não ter o mesmo dom. Mas onde eu também aprendi a conquistar um espacinho, levando receitas de coisas diferentes e tentando também ser memorável! (ok, ok, vocês vão querer analisar isso, né? claro que se fôssemos mais a fundo na psicologia da coisa, íamos analisar a competição, a briga pela atenção dos outros integrantes da família, a busca por aprovação... mas isso não vem ao caso... hehehehe)
E pois é, infelizmente não posso dizer que sou uma cozinheira de mão cheia, muito menos perto de fazer coisas muito requintadas... Mas uma comidinha caseira, algumas receitas de família e outras interessantes que vou pegando por aí, eu dou um jeitinho de fazer bem.
E é algo que tenho muito prazer!! Faço com gosto e também com gosto explico e ensino aos outros. Amo quando alguém curte e quer levar a receita. Desde batatinhas no espeto, até massas um pouco mais complexas, cookies e petit gateau, eu gosto de dividir delícias com os outros. E claro que deve ter a ver com o fato de talvez a pessoa lembrar-se de mim no momento que for cozinhar a receita que eu passei. no fundo, no fundo, o meu gostinho é por ser lembrada. ;) (ó, a análise aí... )
mas é que a comida tem essa coisa de prazer, de momento alegre, de reunião, de papo enquanto se cozinha, de troca... é uma troca calorosa, da comida pra dentro do corpo e do calor humano das pessoas que se reúnem para comer juntas e depois curtir mais tempo juntas. E isso é muito gostoso, quem vai negar?
Só de falar em comida, as pessoas já criam laços. A gula talvez seja o pecado capital mais ingênuo e que traga coisas no fim positivas, porque dele pode-se gerar outras coisas boas entre as pessoas.
E eu dou valor a isso. E gosto de ser assim.
Não é por nada que na casa nova nossa cozinha é do tipo americana. Colocando sala e cozinha juntas. Com o balcão que fico conversando enquanto cozinho. E me divirto!

Foi um momento delicioso desses que aconteceu ontem que me fez lembrar de escrever sobre esse assunto aqui. E de parar pra pensar que, em 1 ano e meio de casa nova, já foram muitos, muitos momentos de total alegria assim, que começou ao redor da cozinha.
Detalhe: começa na cozinha, porque é lógico que o ideal é o que vai além dela...
:)

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12 julho 2010

não é ótimo quando todo esforço da gente, empenho, nervosismo, trabalheira, refação, estudo são recompensados com uma boa reunião, alguns elogios e muitos indícios de que as coisas que apontamos terão o rumo certo e trarão resultado?
Agora só falta o retorno, o resultado final, ver a coisa acontecer e dar certo! o caminho é longo, mas eu quero ver chegar lá. Porque o fôlego eu ainda tenho depois de hoje.

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13 maio 2010

minha gata me defende

Essa história não é nova, mas vale ser contada aqui...

Eu tenho uma gata. a Lisa. na verdade, Monalisa é o nome, mas a chamamos de Lisa. Como em Lisa Simpson.
Adotei ela quando a encontrei no pátio de uma casa, vizinha da minha sogra (onde na época ainda morava meu namorado). E ela estava quase em vias de ser morta com veneno pela moradora da casa, que odiava a gata mãe que vivia por ali miando quando estava no cio e sempre gerando mais filhos gatos que rondavam a casa dela.
Salvei a Lisa da morte. Mas não com total consenso da bichana. Essa gatinha de um mês de idade, que cabia na palma da mão, foi tinhosa pra ser "resgatada". Correu até se esconder num cano de esgoto, de onde meu namorado a puxou. Depois dele tomar vários arranhões, tivemos que a segurar numa toalha pra não desistirmos de levá-la pelas arranhadas ininterruptas, de tanto pavor que estava a pobrezinha. Mas até então, eu nem sabia qual era o sexo do bicho. E muito menos estava atrás de um gato pra morar comigo.
Como era um domingo, fiquei com ela em casa pra no dia seguinte levar a um veterinário. E ia pesquisar alguém que quisesse ficar com ela.
Mas fui me apegando e começando a considerar a ideia de ter uma roomate. Ainda assim, meu primeiro pensamento foi que se fosse uma fêmea, eu não ficaria com ela. Ia doar pra uma instituição ou pra alguém que estivesse a procura de um gatinho. Porque gata fêmea dá mais trabalho, tem o cio. Teria de qualquer forma que castrá-la.
Era fêmea. E eu já tinha passado uma noite com ela. Que dúvida que já estava me apegando desde o momento que a vi.
Parênteses: eu ADORO animais. Sempre, sempre tive cachorros. Mas também já tive passarinho, criei ovelhas na chácara, cavalos e vacas no campo... até um veadinho nós já tivemos. Mas gato... só tive 1 na infância. Um que nem conviveu muito comigo, pois vivia na chácara. Por isso eu nunca tive, antes da Lisa, a experiência de conviver com o gato e saber como ele "funciona". Mas desde que vim morar em Porto Alegre, estava distante dos meus bichinhos. E com saudade de ter um mais perto. Fecha parênteses.
Eu morava sozinha, tinha acabado de entrar num emprego em que eu trabalhava em casa. Óbvio que uma companhia seria muito bem vinda. Pronto. Não tinha mais volta, fiquei com ela.
Lisa e eu moramos sozinhas por alguns meses. Eu em casa durante o dia inteiro, trabalhando em casa, saindo apenas às vezes durante o dia, mais durante a noite.
Com uma presença bem constante, o vínculo foi formado rapidamente. Fomos criando alguns hábitos, tendo algumas rotinas. Fui aprendendo como um gato funciona. E principalmente como a Lisa funciona. Porque aprendi que cada gato tem seu jeitinho. Uns mais carinhosos, uns mais sociais, uns mais caseiros, outros mais passeadores, uns mais, outros menos brincadlhões. Entendi seus hábitos noturnos. Adorei sua higiene. Observei o que ela me dizia com o movimento do seu rabo.
Mas nunca acreditei que a lealdade de um bichano seria como a de um cão.
Aprendi até a ser melhor pessoa. Aprendi a respeitar e entender mais a vontade dos outros. Porque um gato tem suas vontades e faz a gente aprender com elas. Porque tratar um bicho só mandando nele, com ele fazendo só o que a gente quer, não é uma troca justa. Aprendi que gato responde ao ser chamado pelo nome. Que brinca com a gente e com objetos que damos pra ele (quando aprendemos qual é o certo!). Que os pulos de um gato atrás de um inseto são lindos de ver. Que eles amam correr atrás de uma laser point. Que morder pode ser brincadeira. E fui aprendendo também cada vez mais da própria Lisa. Que ela nunca superou direito o trauma de humanos. Que ela demora pra se aproximar e confiar realmente em alguém e se entregar pras pessoas. Que ele se assusta fácil com barulhos bruscos. Que ela adora tomate, salmão e leite condensado - salada, prato principal e sobremesa! :) Que ela se adapta bem aos lugares depois que damos o tempo pra ela se interar e sentir que é bem-vinda.
Mas só depois de muito tempo aprendi como ela é fiel. E como cria um vínculo especial com a pessoa que a adota.
Depois de sermos só eu e ela por algum tempo, recebemos meu namorado pra morar conosco. Ele já convivia bastante com a Lisa, brincava muito com ela. E claro, nem sentiu-se mudança brusca, pois já era natural ele conosco.
E depois de anos já vivendo os 3 juntos, ela teve uma reação que não esperávamos: no meio de uma brincadeira minha e do felipe, em que "brigávamos" no sofá, eu lutando contra suas cócegas torturadoras e gritando pra ser salva e fugir dali, nossa gata chegou perto e mordeu ele! A reação dele foi de parar na hora. E rimos, achando que ela queria participar da brincadeira. Ao continuar a brincadeira, ela voltou a morder. Outro dia, no meio da mesma função, ela volta a mordê-lo. E foi além, fazendo aquele tshhhhhhh de braba, que um gato faz com a boca, para afugentá-lo. Opa, ela não estava querendo participar da brincadeira, ela estava brigando com ele pra parar de fazer aquilo comigo.
E aconteceu repetidas vezes, com ela só fazendo isso pra cima do Felipe no meio dessa brincadeira, nunca pra cima de mim - porque quem sofria era eu, claro!
E vimos que ela notava minha angústia com as cócegas torturadoras. E que queria me proteger.
Hoje o felipe tem mais uma razão pra se divertir: além da minha angústia pelas cócegas, tem a atitude da Lisa pra cima dele. E ele adora essa brincadeira que nos provoca. Pois é a nossa brincadeira, como crianças que brincam de bater até alguém chorar.
Mas eu sei que a minha gata é leal a mim. A minha gata me defende.

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30 abril 2010

a vida anda na velocidade da luz

Eu ando levando muitos sustos com a velocidade que a vida tem passado! Já estamos entrando em maio de 2010, faltam 24 dias pro meu aniversário... parece que foi mês passado que comemorei os 30...
Ainda não escrevi aqui sobre a viagem à Europa, nem imprimi as fotos pra colocar nas paredes de casa... mas parece que foi ontem que voltamos. Ops, não, lá se foram 2 meses desde as minhas férias.
Minha sobrinha já tem 6 anos, meus pais tem mais de 60.
É impressão minha ou a velocidade do mundo mudou? 24 horas continuam sendo 24 horas, mas parece que agora elas passam mais rápido. Desse jeito, será que eu vou estar onde quero daqui 5 anos? Passando tão rápido, quando a gente vê, chegou! e o que eu fiz neste tempo todo?
Contraditoriamente a este sentimento de passar rápido e ter feito pouco, ao mesmo tempo a gente também faz muita coisa nessa vida. trabalho que era novo já parece 'velho', casa nova, carro novo, viagens, estudos... até amigos recém conhecidos ficam íntimos rapidamente, porque a gente também tem intensidade nas relações. (mais um motivo pra pensar que as coisas acontecem mais rápido).
Essa contradição do tempo tá me deixando meio tonta. Se a gente realmente pára pra pensar, dá um nó na cabeça. Não dá? Mas é que a proximidade do aniversário sempre faz a gente refletir mais... inferno astral é foda. mas analisar a vida também tem seu lado bom. só espero que ela me dê tempo suficiente pra isso.

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01 fevereiro 2010

pré-férias

Tem um sentimento que acontece nas vésperas das férias que é horrível... aquela angústia em deixar tudo organizado, tudo encaminhado, tudo pronto antes de sair de férias. Uma angústia relacionada tanto às organizações da vida cotidiana (pagar as contas, arrumar a casa, decidir com quem deixar o animal de estimação, separar os documentos que precisam ir conosco...), quanto às organizações do trabalho (e é aqui a coisa pega!). Vontade de deixar tudo pronto! Mas, no trabalho, isso não depende só da gente. E afinal, porque os outros teriam a mesma pressa? Eles não estão saindo de férias; eles ainda têm uma semana depois da sua saída para terminar de se preparar para a reunião; você não é insubstituível e as coisas continuarão acontecendo muito bem na sua ausência.
Mas que eu queria deixar tudo prontinho, aprovado, revisado, sacramentado, isso eu queria! O meu trabalho também é meu filho, fruto do meu esforço, do qual eu tenho orgulho. E a vontade é participar do início ao fim de tudo! Mas assim, não se tira férias nunca, né?
Eu não sou do tipo workaholic, mas esse sentimento pré-férias eu não consigo evitar. Difiiícil desapegar.
tô triste essa semana por causa dessa angústia.

e faltam poucos dias pra eu ir viajar pra lugares INCRÍVEIS! devia estar dando pulinhos de alegria... mas vai entender....

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26 setembro 2009

2009

bah, abandonei mesmo isso por aqui... primeiro post de 2009!! e estamos quase em outubro. e tanta coisa aconteceu!! realmente seria muita coisa pra contar... imagino que aos poucos a inspiração volte e eu relembre os momentos por aqui. Ao menos vou tentar retomar a partir de agora.
bem-vindo de volta à vida, delíriosdemomento.

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07 outubro 2008

direito do consumidor

Ando passando por uma onde de reclamações e stress, brigando pelos meus direitos de consumidora, de uma forma que nunca passei antes!! Tô processando um banco que me acusou erroneamente de passar cheques sem fundo (uma sucessão de erros deles absurda!), tô prestes a processar uma loja de eletroeletrônicos que não entrega o meu produto, andei discutindo com a net e tô a mil com a administradora do imóvel que alugamos na empresa... Vou te contar! Se a gente não fica em cima, os caras não respeitam os nossos direitos - sendo que muitas vezes o não cumprimento dos direitos chegam a danos morais - como no meu caso absurdo com o banco!! Ainda passei vergonha.... bah, vocês sabem como fica uma mulher de sangue italiano e baixinha quando tá braba???? sai de perto!!!
Pois resolvi entrar na briga!!!
E de agora em diante, também, nada passa batido. Algumas vezes não vale o incômodo do processo, mas outras tem que ir até o fim, mesmo!! A gente paga e ainda se estressa... onde já se viu??
Se você passa por incomodações com lojas, serviços, etc, fique ligado nos seus direitos! e não deixe de reclamar, nem que seja só um email ou um aviso contra a empresa nos sites de reclamações. Tem certos absurdos que são incabíveis de continuar acontecendo!! Busque informações!

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06 outubro 2008

a dúvida da maternidade

Sabe aquelas vezes que um mesmo tema parece te rodear? surge na conversa com amigos, aparece na TV dentro do seu programa de entrevistas favorito, vem em notícia de revista... para vários lugares pra onde você olha parece que ele está ali.
Claro que isso pode ser porque você passou a dar mais atenção ao tema agora e daí se deu conta de como ele é falado... mas esse assunto, especificamente, acho que entrou recentemente na pauta de muitos programas, revistas, blogs...
Pois esses dias aconteceu isso comigo de me sentir rodeada assim. E o tema é "querer ou não querer ter filhos"?
A mulher na casa dos trinta chega nessa fase de se perguntar se quer ou não ter filhos (ok, ok, tem aquelas que já nascem sabendo essa resposta ou crescem sonhando em realizar a vontade de ser mãe...). No meu caso, é realmente uma dúvida. Eu não sei se quero ou não quero filhos... (e, na dúvida, melhor não ter, né? hehehe)
Começou numa conversa com uma amiga, em que - não sei como - começamos a falar de nome de filhos! (Tudo bem que se eu tiver um menino ele já tem nome, mas isso não quer dizer que tenho certeza de que vou ter filhos! até porque não tenho!). Daí veio o primeiro programa na TV de 1 hora só falando sobre isso... mostrando pesquisas e apresentando cada vez mais casais que optam por levar uma vida sem filhos. Depois a revista que falava sobre o tema. Amigas de mesma idade e algumas mais velhas discutindo o que pensam a respeito. Meu irmão que vai ser pai pela segunda vez... enfim... foram várias informações que apareceram junto e realmente me fizeram ter um momento de reflexão mais forte sobre isso.
Claro que tudo tem vantagens e desvantagens, e isso não é diferente. Mas são muitas as perguntas a serem respondidas pra se ter certeza de que devemos colocar um filho no mundo. Principalmente nesse mundo que cai na nossa cabeça e se demonstra cruel pra qualquer pessoa. Que coragem colocar um ser do seu ventre pra sofrer com tudo isso, né?
Aí as pessoas vem com a máxima: ah, mas se você for esperar o momento certo, ele nunca vai aparecer. Sempre vai estar faltando alguma coisa pra que o momento seja perfeito pra se ter um filho. O mundo nunca vai ser perfeito e você nunca vai achar que tem dinheiro suficiente ou fez tudo que queria fazer antes de ter um filho. Então tá, decidido. Sem filhos!! hehehehe
Mas é algo maior do que isso, do que uma decisão consciente. é quase uma questão de filosofia, de verdade interior... nem sei bem, até porque ainda não achei a minha resposta mais certa, a minha verdade nesse caso.
alguns julgam que quem não tem filho é o maior dos egoístas... daí aqueles que decidiram não ter filhos retrucam essa afirmação dizendo que egoístas são os pais, que colocam filhos no mundo só pra satisfazer as suas próprias vontades, pra serem o que eles sonham, pra fazer o que eles querem.
e também não tem essa de gostar ou não gostar de crianças, porque acho que pode tanto haver pessoas que amam crianças e não querem ter filhos (e suprem esse amor de outras formas), quanto pessoas que primeiramente não gostam de crianças, mas se derretem quando nasce o seu.
e tem também o ponto de ter tanta coisa pra viver, tanta vontade de fazer e acontecer, tantas loucuras ainda, tanta cabeça pra quebrar, erros pra cometer... que parece não ter espaço pra um filho. e o que contrapõe isso diz que dá pra viver muito, mesmo com filhos. Viver de outra forma, cometer outros erros... Experiências diferentes de vida!
Nesse caso, tudo parece ter seu ponto e contraponto.
O que me faz concluir que ainda tenho muito pra pensar.
Se a decisão tivesse que ser tomada hoje, eu diria que prefiro não ter... mas me ensinaram a nunca dizer nunca!
Com certeza ao menos por uns bons 4 anos não aparece bebê por aqui, não...
(desculpa mãe, desculpa sogra... )

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18 agosto 2008

final de semana de esportes

Passei esse final de semana bem ligada nos esportes... depois de uma semaninha braba que deu vontade de gritar CHEGA, e já que o tempo lá fora tava ruim e eu ainda tava toda com cólicas e dolorida... foi ótimo acompanhar as Olimpíadas!! E que Olimpíada super histórica está sendo essa, né? Vários recordes sendo batidos; o Phelps como maior atleta Olímpico de todos os tempos; a China garantindo sua hegemonia; a Jamaica mostrando quem é que manda no atletismo... fora os fatos históricos pro Brasil. E mesmo que não seja pra ver nosso atleta compatriota levar medalha, vale muito acompanhar os jogos, as apresentações dos atletas, as corridas! Uma vez ligada no que tá acontecendo por lá, não dá vontade de parar. Seja pra acompanhar os esportes mais populares, quanto pra ver aqueles que não conhecemos muito ou não vemos sempre... é meio viciante.
Mas esse final de semana, especialmente, foi uma mistura de emoções pros brasileiros, que choramos com o Cielo vencendo a prova de natação de 50m livre e também com o Diego Hypólito errando no finalzinho da sua apresentação no solo na ginástica, sem acreditar que tinha perdido a medalha. Chorei com os dois! Me comovi pela vitória e pela derrota. Duas pessoas que passaram anos e anos se preparando pra ter aqueles segundos pra provar a sua capacidade.


Torci pela Jade Barbosa, pela Daiane dos Santos, pela seleção masculina de futebol (e hoje cedo também pela meninas), pelas seleções de vôlei, pelas duplas de vôlei, pelo pessoal da regata e da vela, pelo hipismo, vi provas do atletismo, mesmo sem ter brasileiros e até dei uma olhada num jogo de hockey.

Mas o final de semana não foi só de Olimpíadas. Teve o TRICOLOR GREMISTA mantendo a PRIMEIRA colocação no campeonato brasileiro... e ainda nosso arqui-rival colorado perdendo de goleada!
u-huuu!!! e dá-lhe Grêmio!


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28 julho 2008

O comentário da Vanesseta no post da "visão sônica" me fez lembrar de uma frase que a minha mãe sempre usava pra nos consolar quando reclamávamos de algo da vida: "Sempre tem coisa, pior, meus filhos..."
Essa frase é MUITO clássica da minha mãe... até as minhas amigas já bem conhecem!! :P
Mas não foi essa a minha intenção ao escrever o texto sobre esse menino... porque não acho que a gente tenha que evitar reclamar de alguma coisa da nossa vida quando está nos afetando - não é pra sentir vergonha por achar os nossos desafios difíceis (apesar de serem menos difíceis do que algo como o que esse menino passou).
Minha mãe demorou quase 60 anos pra aprender isso, mas tem coisas que acontecem com a gente que, naquele momento, pro nosso sentimento, são o pior, sim!!! Eu entendo o que ela dizia... e o consolo que tentava nos dar, pra pensarmos em seguir em frente, que tinha coisa pior na vida... que aquilo não era nada e ia passar... mas putz! eu ficava puta que não podia reclamar de nada pra ela, quando a única vontade que eu tinha era de reclamar... era de choramingar, de dizer que tava sem chão por algo que tinha acontecido... que tava doendo, que eu tava sofrendo, que tava sendo difícil... e ela falar aquilo era como tirar de mim o direito de sentir essa dor, de sofrer!!! e isso não é algo facilmente controlável... muitas vezes não é NADA controlável!
Não bastava eu olhar pro lado e ver que tinha alguém numa pior que eu pra eu me sentir bem. Se fosse assim, acho que seria até meio horrível, sarcástico, como se eu pudesse me satisfazer com o mal sofrido pelos outros.
Eu tenho o direito de me sentir mal... e eu devo, sim, me indignar, sofrer e chorar, inclusive pra conseguir seguir adiante depois de superar o sofrimento!!
Sempre tem coisa pior, é verdade. Mas isso só nós faz ver o quanto esse mundo é difícil.

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25 julho 2008

eu preciso disso!!!

Você, mulher que usa salto alto, também não tem problema para caminhar com eles por aí, pelas calçadas quebradiças da cidade, quando aparece uma grama no meio do caminho, ou um estrado de madeira em que seu salto fica preso entre os espaços??? E quando você vai visitar um cliente, ou uma obra, ou sejá lá com o que for que você trabalha, mas que pode aparecer um caminho de cascalho na sua frente?? E você fica se equilibrando e mantendo a compostura no seu lindo salto alto cambaleando pelas pedrinhas, né?? E seu salto também não gasta muito na ponta? o meu fica até torto... e com o passar do tempo tenho que levar num sapateiro ou aposentar o pobre mais utilizado, porque provoca um andar ainda mais torto que o meu normal - ele já é meio torto, mesmo, porque é exatamente isso que causa o desgaste desproporcional...

mas agora nossos problemas acabaram!!!!
Chegou o novo, lindo, super prático e eficiente SoleMates High Heeler™!!!



Eu PRECISO disso!!!!!!
hehehehehe

"Segundo as inventoras, Becca e Monica, seu sistema patenteado aumenta a área do salto, o que diminui a pressão exercida na pisada, evitando que ele afunde. Discreto, pode ser usado apenas em situações específicas, e ainda preserva os amados sapatos. Teoricamente funciona, a mulherada é que pode tirar a dúvida. O par, transparente ou preto, custa 39 dólares."

AMEI!

*tirada do bacana Bem Legaus

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14 julho 2008

INTENSIDADE

intensidade é o que eu preciso pra ser feliz!


*o findi foi ótimo!!! muito intenso, com muita coisa acontecendo... em vários aspectos. Alguns até nem tão bons... mas bem administrados, tá tudo certo! porque até mesmo as coisas ruins, quando intensas, geram felicidade maior no final.

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30 junho 2008

zero álcool

O que falar dessa lei da tolerância zero pro álcool, hein? Tá complicada a coisa, aposto que todos hão de concordar...
Tudo bem que beber e dirigir não rola, mas nem um cálice de vinho no barzinho com as amigas?? nem 1 latinha de cerveja dentro desse corpitcho no final do dia, no meio daquele bate-papo bacana com os colegas???
Eu e o gato não vamos mais poder nos embebedar juntos (a não ser em casa), porque sempre um tem que dirigir. A gente já tá dividindo os dias... pode ser que no final do mês isso se torne uma boa economia, pelo fato de só um dos dois beber quando sairmos. Mas tô com medo dessa economia sumir quando tiver aquelas festinhas que nós dois vamos querer beber e teremos que voltar de táxi pra casa. Táxi em Porto Alegre custa caro... olha o rombo no bolso!
Também já pensamos na alternativa de ir de galera de vez em quando e um ficar responsável por dirigir - e, portanto, proibido de beber. Mas aposto que sempre os mesmos vão pagar o pato, porque tem aqueles que não abrem mão de uma bebidinha na noite... e por isso tem muita gente se arriscando.
Pior que o risco é grande!!! multa alta, carteira apreendida por 1 ano e carro guinchado! Fora o risco de ser preso, se tiver acima de uma certa taxa de álcool no sangue! eu não corro esse risco!!
Mas, pra um bom empreendedor, é uma oportunidade de negócio... alguém tem uma graninha aí no bolso pra investir?? dá pra criar um serviço tipo Home James aqui! Conhece? é bem bacana: se tu quiser sair com teu carro, mas acabar bebendo, não tem problema. Liga pro serviço dos caras e eles vão até onde você estiver com uma motinho dobrável. Chegando lá, eles dobram a motinho, colocam no porta-malas do seu carro, dirigem seu carro até sua casa (ou onde você for), tiram a motinho do porta-malas e voltam pra central deles pra buscar outra pessoa. Assim você pode sair de carro e voltar inteiro e sem multas, ou ser preso, depois de beber. Serviço beeeeeem bacana!!! Pena que eu não tenha um tostão furado pra abrir uma dessas por aqui!
Negócio possível pra uns (até porque os taxistas já devem estar bem faceiros), tristeza pra outros... como os bares e restaurantes que vão faturar menos e as empresas de bebidas alcoolicas.
E como estávamos falando nesse findi, ainda tem outra: certo que o uso de drogas vai aumentar! Será a alternativa de alguns para o álcool... Não vai dar mais pra ficar alegrinho com álcool, mas também não vai dar pra deixar de ficar alegrinho... vamos ver onde isso vai parar.
Take it easy, ãh!! ;)

e será que a moda dessa lei pega ou daqui um ano ninguém mais vai estar fiscalizando?
pode ser que pegue e daqui 2 anos a gente já esteja tão acostumado que nem vai mais reclamar...
de novo: vamos ver onde isso vai parar.

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28 maio 2008

NAQUELES dias

ahhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
Uma vez por mês eu odeio ser mulher!!!
além das dores (que ao menos eu não sofro tanto quanto outras por aí...) tem o fator mudança de humor, que é um SACO!
Vocês, homens, pensam que é brincadeira, que é só uma desculpa! Mas é horrível passar por isso, ter um monte de pensamentos chatos, se sentir um lixo, pra depois ver que a culpa são os malditos hormônios mudando nessa época...
eu sou daquelas que fica deprê, que chora por qualquer coisinha quando tá "naqueles dias", até por comercial de margarina... e o mais foda é quando fico questionando minha vida, me sentindo mal por não ter feito mais, por não ser mais nessa vida! hoje tô nesses momentos. Daí você vai me dizer: tá, mas se tu sabe que é hormonal, que é de momento, tenta deixar o pensamento pra lá, porque tu sabe que amanhã ou depois vai passar... mas não é tão simples assim. é mais forte do que eu. Porque a angústia, o sentimento, esse vazio no estômago e o aperto no peito estão ali. e, de certa forma, eu sei que esses pensamentos têm certo fundamento, aí que a coisa complica!!! Porque não dá pra ignorar que eu não tô fazendo o que eu quero da minha vida!!! não dá pra deixar de lado o pensamento que eu deveria estar fazendo mais por mim, pelo que é bom pra mim, pro que eu gosto de fazer.
na real, os dias de menstruação não são todos iguais. o momento de vida é o que piora a situação... quando tá tudo bem, tudo certo naqueles exatos dias, a menstruação passa bem mais fácil, às vezes até batido, sem notar tanto essa ondulação hormonal.
mas tem outros dias, quando se acabou de fazer aniversário, quando se acabou de passar por uma situação questionável, de se ter uma discussão, que a menstruação só vem agravar e colocar pra fora os pensamentos latentes...
tudo bem que se eu não tivesse nesse dia, eu ia reconsiderar, ia repensar que é um breve momento da minha vida, que eu não preciso me desesperar! mas essa angústia ampliada é torturante, viu? difícil lidar com isso e manter a sanidade até que a menstruação passe!!!
e preferia que ela não aparecesse, pra eu não ter que pensar nisso agora... empurrava com a barriga mais um pouco - até o momento certo.

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08 outubro 2007

manhã de sábado com a Malu

Malu brincando e desenhando no lançamento da AlmaGorda


brincadeira, risada, alegria, correria, sujeira, despreocupação, sinceridade, carinho, manha, questionamento, diversão, fantasia, mundo novo, descobertas... criança é tudo de bom!!

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29 agosto 2007

novo dia!

Vou andar onde o amor levar
vou descobrir a vida
vou construir meu lar
eu vou sair de mim
eu quero me encontrar
sei que vou ser feliz
meu dia chegará!

Alegria! Alegria!
É manhã de um novo dia!

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27 agosto 2007

retomando a vida no blog

eu esqueci dele por um tempo, mas agora voltaremos a nos relacionar...
novos posts a partir de hoje.

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