delírios de momento

01 agosto 2010

desculpa esfarrapada

Me dei conta como tem vezes que eu faço questão de ver filmes dramáticos e emotivos só pra poder chorar com a desculpa de que foi por causa do filme... mas, na verdade, eu tava guardando um choro, precisando chorar por outros motivos, e aproveito o filme pra colocar pra fora. 
Será que tô enganando os outros ou eu mesma? (ou isso não engana ninguém?? :P)

Marcadores: , , ,

29 março 2010

500 days of Summer

ai, eu vi e deixei de comentar aqui na época... ontem lembrei de algumas cenas e deu uma vontade de ver de novo... vou locar pra rever! Mas o recado é, pra quem não viu: não deixem de ver!! homens e mulheres, jovens e velhos, crentes ou descrentes! uma delícia de filme, lição sobre vida amorosa, com uma narrativa bacana, momentos cômicos e momentos tristes. de arrepiar e de querer mais!
eu já fui ele na vida real. e eu já fui ela. e a verdade de se passar por algo parecido dói. Mas a gente sobrevive. E a gente aprende. E a gente aproveita mais depois.
e a trilha sonora.... ahhhh, a trilha sonora!!!!!!!! perfeita!
ah, claro! e eu desejo várias roupas do figurino da moça...
eu suspiro de lembrar de cada detalhe.

Marcadores: , ,

25 novembro 2008

vicky cristina barcelona

Mulheres, assistam Vicky Cristina Barcelona, delicioso último filme do Woody Allen.

















O filme conversa com o interior feminino, mostra em diferentes personagens muitas das características que a maioria de nós tem em algum momento da vida. Exibe diferentes pensamentos sobre o amor, a forma de amar. E tem o Juan Antonio pra deixar todas suspirando...
acho que é um momento bem mais comercial do Woody Allen do que de costume nos filmes dele. E também acho que faltou mostrar mais Barcelona... mas ainda assim vale a pena. Confiram e depois me digam.

Marcadores: ,

31 outubro 2008

locked in

Me lembrei de novo esses dias de um episódio que aconteceu comigo esse ano e me impressionou, me marcou muito! e que não falei dele por aqui.

Lá no meio do ano eu assisti o filme "O Escafandro e a Borboleta". Tava louca pra ver, sabia que era triste, mas eu tinha ouvido boas críticas a respeito e fiquei curiosa - tanto pela proposta cinematográfica, também por conhecer outro filme do mesmo diretor e adorar, quanto pela história.
O filme é a história real (adaptação de um livro) de um cara editor da revista Elle, que sofreu um derrame e ficou completamente paralisado. Ele teve o que é conhecido como "síndrome do encarceramento ou locked-in" - a pessoa perde todos os movimentos do corpo, exceto o dos olhos. Ela tem total consciência de tudo, o cérebro funciona perfeitamente, a pessoa sente tudo, mas é incapaz de se mover, de falar, de se comunicar. Fica presa dentro dela mesma. Só move os olhos. Pra piorar a situação, esse cara do filme ainda perdeu o movimento de um dos olhos, só restou conseguir mexer um deles - o esquerdo.
Passando quase todo o tempo deitado numa cama, ele consegue aprender (com a ajuda de uma fonoaudióloga que estuda o caso dele) uma forma de se comunicar. Ela coloca todas as letras do alfabeto na ordem que são mais utilizadas e vai citando o alfabeto inteiro. Ele deve piscar quando ela disser a letra que ele quer usar para formar uma palavra, depois uma frase e assim por diante. E foi assim, letra por letra ditada, que ele escreveu um livro sobre toda a sua experiência nessa situação. Que virou esse filme.
Vai dizer que essa história por si só já não desperta interesse?

Mas além da história, o filme ainda é excelente pelos aspectos cinematográficos... a fotografia e a sensibilidade como tudo é contado são incríveis! No começo da história, o ponto de vista é do enfermo. A gente vê pelos olhos dele, da forma como ele enxerga - o que causa uma experiência sensorial diferente. Durante todo o filme o espectador é cúmplice do personagem principal, pois só nós conseguimos saber - e ouvir - todos os pensamentos dele. Depois, o jeito que é mostrado os sentimentos que ele passa e a evolução desses sentimentos - chegando a ter momentos engraçados, que o próprio personagem consegue encontrar senso de humor dentro da sua situação trágica. A gente ri e chora. Chora muito!

E aconteceu que pra mim a história não terminou aí. Não foi apenas a experiência de assistir um filme, pensar e sentir com ele, e depois tudo isso passar.
Uma semana depois de ter ido no cinema assistir a isso, fui fazer as minhas unhas. E acabei indo num salão que não costumo ir, porque decidi em cima da hora. Tava bem bela sentada na poltrona e jogando conversa fora com a manicure, quando sentou numa poltrona em frente uma mulher em cadeira de rodas pra fazer escova no cabelo. Achei bacana, de cara, uma pessoa que mantém a vaidade numa condição que deve ser bem difícil de se viver. Mas a situação dela era mais complicada do que eu imaginava. Pois não é que quando o cabeleireiro terminou de fazer a escova, chega do lado dela uma outra mulher e começa a ditar o alfabeto?? eu me arrepiei da cabeça aos pés quando ouvi a primeira letra!!! E a cadeirante piscou o olho e elas foram formando palavras....
Tava ali, na minha frente, uma pessoa com a mesma condição do cara do filme que tinha me marcado tanto.
Vi a outra mulher, que deve ser enfermeira ou algo assim, arrumando o apóio de cabeça da cadeira e ajeitando a moça o mais confortavelmente possível. Vi ela limpar o canto da boca com um pano, cuidando com o descontrole da baba... Vi a mãe da cadeirante se aproximar e falar com ela.
Até que ela olhou pra mim e eu abri um sorriso direto. Foi instantâneo sorrir pra uma pessoa que consegue viver naquela condição! E senti um sorriso dela de volta. Um sorriso de canto, um sorriso que se vê mais nos olhos. E depois, pelos instantes que ela permaneceu ali, ela continuava olhando pra mim e eu olhando pra ela e sorrindo... e eu, falando devagar, só movimentando a boca pra ela ler meu lábios, disse que ela tinha ficado linda!
Quando nossa troca de energia acabou e ela saiu dali, eu comecei a chorar. Foi tão forte ver isso assim de perto. Imaginar como se sente alguém que vive assim. Fico sem palavras pra explicar.

As gurias do salão me disseram que ela é cliente fixa, que vai toda semana arrumar o cabelo. Que a mãe dela faz questão de mantê-la sempre arrumada.
Uma mulher que devia ter menos de 30 anos.
Pensa também o que é pra uma mãe passar por isso com uma filha...

eu fiquei imensamente emocionada, passei dias pensando naquilo e pensando na minha vida. Em tudo que eu tenho e também no que pode acontecer de um minuto pro outro. Acho que foi o episódio mais marcante pra mim nesse ano. Que me faz refletir, que me faz ter forças pra qualquer batalha que apareça - assim espero que sempre seja!! Porque nem consigo imaginar como eu me sentiria se tivesse na mesma situação. A força que é necessária pra seguir em frente e não dizer, letra por letra pra quem está ditando o alfabeto: "prefiro morrer".
A gente fica agradecida por ter a vida que tem. Mas o mais valioso não é isso. É pensar em sempre seguir em frente. Em ter forças pra tudo, porque a gente tem tudo.

Marcadores: ,

07 julho 2008

Wall-E

Fomos ver o Wall-E semana passada! Muito, muito bom!!
A Pixar é ótima, mesmo, não? pra começar, mais uma vez o curta de abertura já delicia a gente antes mesmo do filme começar... daí vem o Wall-E e você se apaixona de cara pelo robozinho!! Você ama a história dele, se envolve naquela narrativa excelente, fica triste quando ele sofre, ri quando ele se dá bem!! sem dúvida é um filme inteligente e sensível. Fora que pega como bordão aquele jeitão mecânico dele falar... e você sai do cinema repetindo eeeeeeeeevaa... Plus, a mensagem ecológica. :) é tudo de bom! uma delícia de momento no cinema!
Agora, eu já tô querendo ter o bonequinho em casa...

Marcadores: , ,

23 outubro 2007

Blindness

Estou acompanhando o Diário de Blindness.
Recomendo!!

*Pra quem não sabe, Fernando Meirelles está filmando seu 5o. longa-metragem, "Blindness", roteiro adaptado do livro do Saramago - título em português "Ensaio sobre a cegueira" - que é um excelente livro, por sinal!! Eu gostei muito! E estou super curiosa pra ver o filme. Claro que com aquele receio de que o filme não seja tão bom quanto o livro... mas eu dou a chance de me surpreender... hehehe. Ainda mais pelo Meirelles. E desde que soube que o diretor está fazendo um blog - como ele mesmo também já fez em "Jardineiro Fiel" - com vários detalhes da produção, dificuldades, descobertas, idéias... fiz questão de acompanhar. Muito bacana da parte dele dividir tudo isso com quem quiser. :)

Marcadores:

21 setembro 2006

Click

ontem fomos assistir "Click". Quando eu vi o trailer, eu não me interessei pelo filme, porque achei que era mais um do tipo comédia boba. Mas algumas pessoas que viram disseram que valia a pena, que o filme trazia um pensamento filosófico por trás. Então lá fui eu - e arrastei o pipe junto!

E realmente, dá pra pensar muito com a história de se ter o "controle remoto" da própria vida.
Ok, como disse o meu gato, é mais um entre tantos outros filmes que mostram a pessoa com a oportunidade de mudar algo na vida. Mas esse é um pouco além disso, porque fala do controle do presente. do 'mudar' o que está acontecendo agora. E aí, se tu mudar, o que vai acontecer lá na frente?
será que eu queria um controle desses pra mim? hehehe.
eu acho que o que mais vale é viver o agora do jeito que ele é, do jeito que o próximo segundo vier! seja com stress, alegrias, tristezas, tédio ou o quê. Quero passar por cada uma dessas coisas. mas bem que seria bom dar um fast-forward em alguns momentos chatos, né? hahaha
mas indo mais longe: mudar algo no passado... acho que eu também não mudaria. eu sempre digo que eu não mudaria o que passei, porque tudo que passei faz eu ser quem e como eu sou hoje. acho que já entrei nesse tópico aqui no blog antes, né? :P hehehe. tô me repetindo. mas é verdade: por mais que eu tenha sofrido muito por alguma coisa, aquilo mudou algo em mim ou gerou uma reação que fez diferença pro presente.
E quanto mudar algo no futuro... bom, aí eu tenho que pensar um pouco mais. Porque se eu pudesse ver o que vai acontecer comigo, será que teria algo que eu gostaria de mudar? ou isso também não implica mudar algo no presente, pra que aquele futuro não aconteça e aí vai mudar o que eu sou, que vem do meu passado, e juntou todos os tempos... hahaha.

nã... nada de mudar nada de nada! tem que viver e curtir! aí não tem erro.

Marcadores: