delírios de momento

26 janeiro 2006

rindo à toa

na calçada
um andar descuidado,
perdido de alegria.


com o olhar no horizonte,
um sorriso solitário
e o pensamento nas nuvens,
bobo pelas lembranças que tinha.

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louco de amor

eu corria, corria e corria... sem nem saber pra onde estava indo. os pingos de chuva caíam no teu rosto e eu, te segurando abraçada a mim, me preocupava em manter teu corpo aquecido. a chuva aumentou e não adiantava eu continuar correndo. era melhor nos abrigar e esperar a chuva passar, antes de correr o risco de te fazer adoecer... você, que sempre foi tão delicada, indefesa...
achei um canto numa marquise de ponta de esquina, sentei e ajeitei teu corpo no meu colo... teu rosto angelical adormecia. tirei os cabelos encharcados dos teu olhos para poder te contemplar. ajeitei teus braços, senti tua mão fria e pequenina... teus dedos finos que eu tanto gostava quando tocavam a minha pele... ah, a tua pele... macia, perfumada. tuas manchinhas, sinais que pareciam formar desenhos por todo teu corpo... teus longos cabelos morenos, que arrepiavam a minha espinha quando eu os tocava entre os meus dedos... ali fiquei, não sei por quanto tempo, perdido na tua beleza e na alegria em te ter junto a mim.
até que eles chegaram sem que eu percebesse. e te roubaram de mim.
dois homens armados prenderam meus braços, enquanto eu ouvia gritos de insultos e encarava olhares de afronta ao meu redor. eu não entendo nada disso!! por que te levaram de novo pra longe de mim?? por quê?? eu não ia conseguir viver sem ti dessa vez... não consigo... não dá, prefiro morrer...
eu nunca te machucaria, nunca... não seria capaz de te fazer mal algum... eu só queria que tu fosse minha.
e como não te tenho, aqui me despeço.
te verei lá de cima!!

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24 janeiro 2006

superinteressante

"O amor não termina, o amor é abandonado. Deixa-se de cuidar dele, de alentá-lo, de provocá-lo. É largado de lado. Ninguém deixa de amar e me arrisco ao fazer essa afirmação. Deixa-se, entretanto, de alimentar o amor. O corpo se condiciona a jejuar. O corpo aceita o que damos a ele. O corpo é um indigente. Acostuma-se a receber esmolas quando poderia trabalhar para se sustentar.
É um faz-de-conta. Mais fácil acreditar que acabou o amor do que resolvê-lo, do que arriscar as aparências. As pessoas, muitas vezes, se preocupam em dizer que estão felizes, em provar que estão felizes, do que em aceitar a espontaneidade das relações. Os erros espontâneos das relações. As virtudes espontâneas das relações. O amor não depende de provas. Ele é invisível, pede somente que sejamos visíveis por ele."

Para ler o texto completo, acesse o site da revista Super Interessante.
E leia mais textos incríveis do Fabricio Carpinejar direto do blog dele, aqui.

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23 janeiro 2006

19 de março

22h40. um bar desconhecido.
a porta abre.
há 10 metros de distância e entre muitas pessoas, eles já se vêem.

ela: calça jeans, regata branca, colar de coração no pescoço, cabelos soltos.
ele: calça jeans, camiseta laranja, piercing na sobrancelha e cabelo moicano.

o resto do ambiente desaparece. por um segundo, silêncio. eles só ouvem a batida dos seus próprios corações, acelerados.

ela nem pensa mais nada direito, só sente. parece que uma onda gigante se move dentro do seu corpo.
a partir daí as atitudes são pensadas em cada segundo, centímetro. mexo o cabelo? dou um sorriso? será que é melhor ficar de pé ou sentada? tá todo mundo descendo pra ouvir a banda, será que ele vai também? nossas amigas querem sentar numa mesa lá fora, bem que ele podia ir junto, dá pra gente conversar... já sei, foto! vou pedir pra ele tirar uma foto nossa, aí ele tem que ficar aqui por perto...

quando ela entrou, o olhar dele não tinha outra direção, não tinha como ir pra outro lugar: tinha que fitar aquela menina. o primeiro pensamento: muito prazer, mulher com quem eu quero viver o resto da vida!!! ele queria pular em cima e não deixar ninguém mais chegar perto. essa é a amiga que as gurias iam trazer? como eu nunca a conheci antes? um amigo ao lado faz um comentário a respeito dela, mas ele não deixa. nem vem, ela é minha! EU que vou ficar com ela.

00h20. Hora de ir pra outra festa. as amigas saem do bar, ela vai junto. ele vem também? temos que esperar, pensa ela já entrando no carro. dali, ela vê ele abrindo a porta do bar. ele chega próximo ao carro e fala com a amiga pra se encontrarem lá na frente. os dois sentem uma mesma alegria contagiante, misturada a um grande nervosismo e ansiedade. Eles terão a noite inteira próximo um do outro.

ele faz o caminho todo logo atrás delas. e do estacionamento da festa até a entrada, os dois já vão conversando. parecem esquecer que têm mais companhia. mas nenhum dos dois se sente seguro o bastante de que o outro tem algum interesse.

fila pra entrar. e por necessidade, cada um vai pra um lado. ela entra antes. e já na festa, procura ficar num lugar que seja fácil dele encontrá-la. Ele tinha o nome na lista, por que está demorando tanto? Ele, tendo problemas para entrar, nem pensa duas vezes e paga o ingresso: ELA tá lá dentro...não posso deixar de entrar! ele a encontra. dançam os 4 juntos: ele, ela e as duas amigas. outros conhecidos vêm e vão. e os dois ali, esperando o momento que algum deles tomaria maior coragem pra se aproximar. - será que ele está interessado como eu? será que vai chegar mais perto, ou eu devo me aproximar e arriscar? não vou falar nada com as gurias pra não dar azar... - será que ela veio pra essa festa pra encontrar outra pessoa? uma mulher assim não vai ficar muito tempo sozinha, eu tenho que fazer alguma coisa!! Não consigo ler sinais claros de interesse dela, mas azar, tenho que arriscar... ele olha pra ela e sorri. ela parece sorrir de volta, mas logo muda o olhar de direção. ela não está sabendo como agir, mas ele não vê isso. tem receio da falta de interesse dela. ele se aproxima e fala alguma coisa no ouvido. ela mal entende o que é, mas tenta manter a conversa. precisa achar um jeito de dar mais atenção pra ele. as amigas a chamam pra mostrar alguma coisa, ela sai de perto... lá se foi o plano.

mas, de repente, os dois estão sozinhos... os amigos que estavam por perto, saíram. eles estão no meio da pista de dança, rodeados de pessoas, mas naquele instante, sozinhos. ele olha pra ela e sem dizer mais nenhuma palavra, a beija. um beijo de alguns segundos, que vai durar a vida inteira.

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20 janeiro 2006

pela saudade que eu estou do mar...



I'm all at sea
Where no-one can bother me
Forgot my roots
If only for a day
Just me and my thoughts sailing far away
Like a warm drink it seeps into my soul
Please just leave me right here on my own
Later on you could spend some time with me
If you want to
All at sea
I'm all at sea
Where no-one can bother me
I sleep by myself
I drink on my own
Don't speak to nobody
I gave away my phone
Like a warm drink it seeps into my soul
Please just leave me right here on my own
Later on you could spend some time with me
If you want to
All at sea

*Jamie Cullum


...mas hoje eu vou pra praia!!

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19 janeiro 2006

palavras do mago:

"base estrutural: amigos! Tesouros incríveis que a vida nos dá. Distantes ou presentes, são as 'variáveis inconstantes' que resultam num apoio moral e espiritual. "
"A gente é burrinho ainda e faz a vida parecer difícil, mas não é..."
"Sempre digo que o que sucede é o melhor pra gente. Se sofreu, bom pra ti, mas trate de aprender a lição pra não sofrer novamente..."
"Ta tudo aí! Esperando uma decisão, um desejo, uma determinação e coragem... o universo é um mar que de tudo nos dá..."
"A ousadia contém genialidade, poder e magia."

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melhor dizendo...

Já vi que o meu post anterior gerou interpretações equivocadas sobre os meus delírios... então abrirei um espaço excepcional aqui pra explicar o que eu quis dizer.
antes de mais nada:
lembrem-se que o intuito desse blog é falar sobre diversos assuntos e colocar em discussões pensamentos, vivências, temas, sentimentos... eu sempre escrevo aqui mais esperando gerar uma reação nos amigos que têm interesse nas minhas humildes palavras, do que qualquer outra coisa. na maioria das vezes, eu deixo uma dúvida no ar (não imponho nenhuma conclusão).
segundo: não leve tão a sério as palavras. procure entender o que está por trás delas. e no caso desse último post, por exemplo, dá pra pensar sobre as mudanças de vida, o amadurecimento das pessoas... não quis dizer que acho errado que as amizades se distanciem com o movimento da vida. mas coloquei todo o universo de coisas ao redor disso em reflexão - tipo, pra gente se dar conta que a vida tá mudando, mesmo. tá, todo mundo sabe que eu tenho certa dependência dos meus amigos... ; ) mas daí a achar que eles não devem fazer outras coisas pra ficar comigo ou todos nós juntos, tá longe, hein!!
e ok, também: não posso exigir que todos entendam o que escrevo aqui, sobre qualquer assunto, da mesma forma exata que eu quis dizer. porque ler também envolve raciocinar com as suas próprias experiências e isso influencia como você interpreta cada assunto.
é como diz meu amigo mago: lendo a gente sente coisas. e dessa troca a gente segue evoluindo...
e palavras do bem carregam sempre essa energia, então não há mal em lê-las e refletir com elas, certo?
: )

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18 janeiro 2006

amizade adulta?

não posso ficar muito tempo longe das minhas amigas e dos meus amigos... e nesse início de ano tá todo mundo meio distante... : (
mas estão vindo indícios de melhora...
semana passada saí com a bela e a camila e noutro dia com a sil e a vivi - apesar de a vivi ter ficado menos de 1 hora, com a Sil deu pra colocar o papo em dia. mas a vivi ainda tá devendo... segunda liguei pra elisus - que é a amiga mais distante, no momento, já q tá na frança por tempo ainda meio incerto - e conseguimos matar um pouquinho a saudade. ontem saí com a camilinha e o pepe - e tava muito bom!! terminei com uma "tatuagem" nova de estrela no pulso e uma inquietação pra dormir (a insônia tem vindo com certa frequência de novo e isso não é nada bom. mas whatever...). amanhã espero que o allan confirme nosso almoço. e também amanhã, mas à noite, vou no teatro com a carol - apesar de a gente se falar todo dia, temos nos encontrado pouco e isso faz falta... mas no findi também vai rolar de a gente fazer algo, com certeza! e hoje também chegou email da pauletes querendo combinar encontro das meninas, assim provavelmente conseguirei rever também ela, a cris, a vane, a bebel, a vanesseta... com os meninos é que a coisa não tá rolando ainda. e eu não gosto disso!

é tão ruim que a vida vai modificando a nossa rotina, os nossos horários, compromissos a ponto de tornar necessário a gente AGENDAR encontro com os amigos. do tipo: temos que nos falar com pelo menos 1 semana de antecedência pra combinar um horário que as pessoas possam e a gente vá se encontrar. aí, chega na hora, acaba sendo obrigação de todos ir e não um prazer de dividir um momento com os amigos... tá, claro que chega lá e sempre se diverte, mas é tão melhor quando dentro daquele grupo de amigos mais amigos um liga no fim do dia, no meio da noite, numa tarde de sábado chamando pra fazer algo... não consigo viver direito sem a espontaneidade das amizades. às vezes essa falta faz surgir em mim uma tristeza, uma melancolia, um vazio interior que parece não ter explicação. mas a maioria das vezes, é daí que vem: da falta que me faz estar próximo dos meus amigos. será que terei que aprender a conviver com isso? será que é inevitável um distanciamento dos amigos na vida adulta?

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13 janeiro 2006

muita energia no ar

Sexta-feira 13 de Lua Cheia !!!
* há os que acreditam em energias boas e há os que acreditam em energias ruins.


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voltei a respirar bem

acho que hoje enchi os pulmões de ar de novo, depois de um período de grande deficiência...

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12 janeiro 2006

um assunto leva a outro

falando em desinventar...
dá pra fazer uma lista grande de coisas que poderiam ser "desinventadas"...
e outra de coisas que ainda precisam ser inventadas...

algumas coisas que eu desinventaria:
- as armas de fogo
- as formalidades pra se vestir (eu não queria ser homem e ter que usar calça e sapato fechado todos os dias nesse calor!)
- os políticos
- o machismo
- gente estressada
- gente que se acha
- o medo da morte
- o ódio
- a poluição
- a maldade


bem que poderiam inventar:
- uma forma mais barata de viajar pra todos os cantos do mundo
- uma semana com menos dias úteis e mais dias no final de semana
- o botãozinho da paixão, pra gente escolher por quem se apaixonar
- prêmios da loteria para todos no dia do seu aniversário
- vacina pra todas as doenças
- uma forma mais rápida de terapia
- comida que não engorde, mas que continue com os mesmos sabores
- uma solução pra manter a camada de ozônio intacta

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11 janeiro 2006

apesar de você

falando em tristeza, lembrei da música do Chico:

Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia...

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10 janeiro 2006

alegrias x tristezas

se houver um deus e ele chegar pra você hoje dizendo que você pode optar por dois destinos na sua vida:
- ganhar algo que te faça ser completa e incrivelmente feliz por um determinado período, mas depois perder isso e ficar com uma grande tristeza e nunca mais provar da felicidade
- ou não ganhar essa maravilha e passar a vida inteira num nível razoável de felicidade/tristeza, sem nunca ser completamente feliz e nem completamente triste
qual deles você prefere?


quando uma alegria está ligada a uma futura tristeza, é preferível nem ser feliz naquele instante? ou você vai adiante e aproveita o momento e acha que vale a pena a tristeza futura?
você é do tipo que rasga fotos de ex-namorados(as), joga fora todos os presentes, prefere nem lembrar que aquela pessoa existiu na sua vida? ou você acredita que tudo o que você viveu faz parte de quem você é hoje e por isso guarda tudo pra permanecer na memória?
aquelas lembranças boas de alguém que depois nos decepcionou são melhores se esquecidas? já que a lembrança do que é bom traz junto a lembrança de coisas ruins... ou vale relembrar tudo?
se algo que você criar/inventar te trouxesse todo o sucesso, mas depois o maior fracasso, você ia preferir não inventar?


você vive passado, presente ou futuro?
corre o risco de ser feliz com o mesmo risco de ser triste?
ou prefere não correr riscos?

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04 janeiro 2006

ano de eleições

Político honesto é igual a disco voador:
todo mundo acredita,
mas ninguém nunca conseguiu comprovar que existe."

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02 janeiro 2006

2005 já era... chegou 2006 !

o fim de ano costuma ser o momento do balanço do ano que passou. é quando a gente relembra de coisas que ficaram pra trás, de pessoas que passaram, de desejos realizados e dos não realizados, do que faltou ser feito... mas logo vem o ano novo pra gente se dar conta de que tudo passa e vem um novo ciclo. e sempre uma nova oportunidade pra fazer acontecer. mas é preciso FAZER, buscar a própria felicidade, agir pra que ela aconteça. Mesmo que não se tenha muitos planos, não dá pra ficar só deixando o tempo passar... que desperdício seria!!! por favor, em 2006 FAÇA E ACONTEÇA!

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