Claro que por eu ser de família e descendência italiana o assunto comida é uma constante na minha vida. :) De nascimento e criação, eu já aprendi a viver e conviver em torno da mesa. Em decidir coisas em torno da mesa. Em falar besteira. Em discutir (gesticulando muito!). Em colocar o papo em dia. Em rever toda família em torno da mesa.
E isso acabou se tornando parte de mim e do meu jeito de ser.
Inclusive, na minha família, principalmente entre meu irmão e minha mãe, que cozinham MUITO bem, às vezes eu me sinto quase diminuída por não ter o mesmo dom. Mas onde eu também aprendi a conquistar um espacinho, levando receitas de coisas diferentes e tentando também ser memorável! (ok, ok, vocês vão querer analisar isso, né? claro que se fôssemos mais a fundo na psicologia da coisa, íamos analisar a competição, a briga pela atenção dos outros integrantes da família, a busca por aprovação... mas isso não vem ao caso... hehehehe)
E pois é, infelizmente não posso dizer que sou uma cozinheira de mão cheia, muito menos perto de fazer coisas muito requintadas... Mas uma comidinha caseira, algumas receitas de família e outras interessantes que vou pegando por aí, eu dou um jeitinho de fazer bem.
E é algo que tenho muito prazer!! Faço com gosto e também com gosto explico e ensino aos outros. Amo quando alguém curte e quer levar a receita. Desde batatinhas no espeto, até massas um pouco mais complexas, cookies e petit gateau, eu gosto de dividir delícias com os outros. E claro que deve ter a ver com o fato de talvez a pessoa lembrar-se de mim no momento que for cozinhar a receita que eu passei. no fundo, no fundo, o meu gostinho é por ser lembrada. ;) (ó, a análise aí... )
mas é que a comida tem essa coisa de prazer, de momento alegre, de reunião, de papo enquanto se cozinha, de troca... é uma troca calorosa, da comida pra dentro do corpo e do calor humano das pessoas que se reúnem para comer juntas e depois curtir mais tempo juntas. E isso é muito gostoso, quem vai negar?
Só de falar em comida, as pessoas já criam laços. A gula talvez seja o pecado capital mais ingênuo e que traga coisas no fim positivas, porque dele pode-se gerar outras coisas boas entre as pessoas.
E eu dou valor a isso. E gosto de ser assim.
Não é por nada que na casa nova nossa cozinha é do tipo americana. Colocando sala e cozinha juntas. Com o balcão que fico conversando enquanto cozinho. E me divirto!
Foi um momento delicioso desses que aconteceu ontem que me fez lembrar de escrever sobre esse assunto aqui. E de parar pra pensar que, em 1 ano e meio de casa nova, já foram muitos, muitos momentos de total alegria assim, que começou ao redor da cozinha.
Detalhe: começa na cozinha, porque é lógico que o ideal é o que vai além dela... :)
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